A Câmara Municipal de Belo Horizonte promove uma audiência pública decisiva para o futuro do sistema de ônibus da cidade.

O encontro terá a presença de representantes dos trabalhadores do transporte e dos usuários, com o objetivo de aprofundar a análise da prestação do serviço atualmente em operação.

A iniciativa dos vereadores Fernanda Pereira Altoé (Novo), Pedro Rousseff (PT), Helton Junior (PSD) e Rudson Paixão (Solidariedade) busca reunir informações detalhadas para um diagnóstico completo sobre o transporte público municipal.

Aberta ao público, a audiência poderá ser acompanhada presencialmente no Legislativo ou por meio das plataformas digitais oficiais da Câmara.

Revisão do contrato de ônibus em foco

Instituída no início deste ano, a comissão especial tem como missão avaliar o contrato vigente entre a Prefeitura de Belo Horizonte e as concessionárias do transporte coletivo, com propostas para novas diretrizes contratuais.

O atual acordo, assinado em 2008, tem validade até 2028, e chega ao fim num contexto de críticas crescentes quanto à qualidade e eficiência do serviço prestado.

Na audiência, participarão três entidades fundamentais: o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH), o Sindicato dos Permissionários Autônomos do Transporte Suplementar (Sindipautras) e a Associação dos Usuários do Transporte Coletivo (AUTC).

Essa participação visa garantir que as demandas e desafios enfrentados diariamente sejam apresentados diretamente por quem conhece o sistema de dentro para fora, seja na operação ou no uso do transporte.

Desde sua criação, a comissão tem realizado uma série de reuniões e escutas técnicas intensas. No primeiro semestre, foram ouvidos representantes da Prefeitura, especialistas em mobilidade urbana, entidades civis e a empresa responsável pela auditoria da bilhetagem eletrônica, garantindo transparência e aprimoramento da gestão.

O trabalho da comissão se baseia em requerimento aprovado por unanimidade, com apoio de 16 parlamentares. O documento ressalta que o atual modelo de concessão não atende plenamente às necessidades da população, tanto pela qualidade dos serviços quanto pelos valores das tarifas.

Democratização da gestão e participação popular

A audiência pública reforça a prioridade da comissão em manter a transparência e o envolvimento da sociedade nas decisões sobre o transporte coletivo.

A expectativa é que as contribuições de usuários e trabalhadores auxiliem na formulação de um modelo contratual que seja mais justo, eficiente e acessível para todos.

Para ampliar a participação, a Câmara disponibilizará ferramentas digitais para quem não puder comparecer presencialmente interagir e acompanhar o debate em tempo real.

O propósito é garantir que todas as vozes — desde motoristas e cobradores até passageiros e gestores — sejam consideradas antes de qualquer recomendação ou decisão definitiva.

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