A atividade industrial em Minas Gerais sinalizou nova queda em maio.
Conforme a última edição do FIEMG Index, houve retração no faturamento da indústria entre abril e maio, que caiu 4,8%, causada principalmente pela redução dos pedidos e adiamentos nas vendas, especialmente no setor de transformação.
Além do faturamento, a massa salarial dos trabalhadores industriais registrou queda de 1,1%, impactada pela concentração do pagamento de participações nos lucros e resultados (PLR) no mês anterior.
No entanto, os empregos industriais permaneceram quase estáveis, apenas com ligeira desaceleração, e o volume de horas trabalhadas não sofreu alterações significativas, indicando controle da produção, porém sem paralisação.
Resultados positivos no acumulado anual
Apesar da queda isolada em maio, o setor industrial mineiro continua apresentando saldo positivo no desempenho geral de 2025.
Os dados evidenciam a resiliência da indústria diante dos desafios econômicos nacionais, mantendo o dinamismo que marcou o começo do ano.
Por outro lado, o cenário para os próximos meses traz motivos para prudência. A taxa básica de juros (Selic) segue em níveis elevados, aumentando o custo do crédito, o que limita o consumo e o investimento. Além disso, a persistente incerteza fiscal impacta negativamente a confiança dos empresários, dificultando a tomada de decisões estratégicas.
Indústria mineira entre cautela e resiliência
Especialistas da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) destacam que o setor permanece atento aos efeitos das políticas monetária e fiscal, além das oscilações no mercado internacional.
Mesmo diante das adversidades, a indústria demonstra capacidade de adaptação, garantindo, pelo menos a curto prazo, uma estabilidade relativa.
Segundo análises, a retomada sustentável dependerá da redução da taxa de juros e da implementação de medidas que promovam estabilidade fiscal e previsibilidade para o setor produtivo.