A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou em sessão extraordinária o Projeto de Lei 3.728/2025, que estabelece a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2026. Essa lei, proposta pelo governador Romeu Zema, define as bases para a elaboração do orçamento estadual no próximo exercício fiscal.

Para 2026, o governo prevê uma significativa redução do déficit público, estimada em 73% em comparação à LDO de 2025, resultado de um aumento de 9,5% nas receitas e crescimento de 2,7% nas despesas. O déficit projetado passa a ser R$ 2,31 bilhões, contra R$ 8,59 bilhões previstos anteriormente.

Impactos positivos do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas (Propag) em Minas Gerais

A aprovação da lei orçamentária está diretamente ligada à adesão de Minas ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). Essa iniciativa renegocia as dívidas do Estado com a União, reduzindo os encargos com juros e minimizando o custo financeiro desses compromissos.

O orçamento para 2026 estima uma receita total de R$ 141,29 bilhões, representando um crescimento de 9,5% em relação ao ano atual. Já as despesas totais previstas somam R$ 143,6 bilhões, um aumento de 4,4% no comparativo anual.

Dentre os principais componentes orçamentários, destacam-se:

As renúncias fiscais previstas para 2026 totalizam R$ 150,42 milhões. Os benefícios fiscais concedidos por regimes especiais somam R$ 25,24 bilhões, o que equivale a 26,3% da receita bruta do ICMS. O Propag ainda prevê que 20% do saldo devedor será amortizado com a entrega de ativos ao governo federal, gerando economia ao substituir juros nominais por juros reais zero.

Aprimoramentos legais e participação legislativa na LDO 2026

Durante a tramitação do projeto, foram apresentadas 137 emendas parlamentares, das quais oito foram incorporadas ao texto final, acompanhadas de 23 subemendas. Essas modificações corrigiram falhas técnicas, revisaram metas e aperfeiçoaram dispositivos constitucionais, fortalecendo a conexão entre o planejamento, a execução orçamentária e a gestão pública.

Depois da aprovação em redação final no plenário, o projeto seguirá para a sanção do governador Romeu Zema. Debates também envolveram renúncias fiscais e a adesão ao Propag — pontos ressaltados pelo presidente da ALMG, deputado Tadeu Leite (MDB), que enfatizou a importância da transparência sobre os ativos que serão cedidos à União e assuntos ligados a possíveis vetos.

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