Alagoa Brilha na Produção de Queijos Artesanais com Excelência Reconhecida

Alagoa celebra um destaque especial na produção artesanal de queijos, onde quatro exemplares locais conquistaram a nota máxima na 3ª Avaliação Técnica dos Queijos ATeG Agroindústria. Realizado durante o Festival do Queijo Artesanal de Minas, em Belo Horizonte, esse evento reuniu 248 participantes, mas somente 18 produtos alcançaram a nota 100 — evidenciando o alto padrão que Alagoa trouxe para o cenário nacional.

O destaque da conquista vai para os produtores que atuam nos sítios Nhá Chica e Três Irmãos, ambos beneficiados pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Sistema Faemg Senar. Essa certificação não apenas reforça a qualidade dos queijos, mas também demonstra o comprometimento com técnicas aprimoradas e a valorização artesanal que resulta em sabores autênticos e tradicionais.

Sítio Três Irmãos: Harmonia entre Tradição e Modernidade Premiada

Um dos grandes protagonistas na premiação foi o Sítio Três Irmãos, que recebeu três certificados de excelência. Os queijos tradicional 30 dias, a capa preta e o maturado em tábuas de araucária por 60 dias alcançaram nota máxima, comprovando a qualidade excepcional da produção. Aldo Gabriel de Barros, herdeiro da tradição familiar, conduz sozinho a fabricação há mais de uma década, resultado de vasta experiência e contínua busca pela perfeição.

Segundo Gabriel, participar do programa ATeG fez toda a diferença: “Me inscrevi no ATeG porque sei que sempre dá para melhorar. São os detalhes que fazem a diferença.” Seu olhar atento aos processos de produção e inovação garante que seus queijos sejam referência no segmento artesanal.

O compromisso com a qualidade é reconhecido também no XIV Festival de Queijos e Azeites de Alagoa, onde Gabriel conquistou medalhas de bronze e prata para suas variedades de queijos. A produção, mesmo pequena – cerca de dez queijos por dia – não supre totalmente a demanda crescente, impulsionada também pelas vendas online que expandem seu alcance pelo país. Novas versões, como os queijos temperados com tomate e manjericão, enriquecem o portfólio, mantendo o clássico sabor e o cuidado rigoroso na fabricação.

Sítio Nhá Chica: Dedicação e Renovação que Resultam em Qualidade Superior

No Sítio Nhá Chica, o trabalho duro começa nas primeiras horas do dia, com Francelim Mendes iniciando a ordenha às 3h da manhã. A pequena fazenda conta com nove vacas que fornecem o leite base para a queijaria familiar, onde Marcelena, sua esposa, e o filho João Victor, também participam ativamente da produção.

A trajetória do sítio começou no retorno da família para Alagoa, há alguns anos, quando assumiram uma queijaria ainda rústica. A evolução significativa veio após a adesão ao programa ATeG, que incentivou investimento e melhorias estruturais, elevando a produção artesanal a um novo padrão de excelência.

Apesar de receios enfrentados no início, como a preocupação com fiscalizações, a família optou pela inovação e profissionalismo. Investiram uma quantia significativa para modernizar a queijaria com equipamentos de inox, ordenhadeiras mecânicas e um ambiente sanitariamente adequado, melhorando assim a qualidade e a segurança do produto final.

Com esses avanços, a produtividade aumentou, e o rendimento de leite para queijo melhorou, assim como a valorização do preço do quilo, passando de R$33 para R$48. O esforço e a perseverança renderam ao sítio o merecido reconhecimento na avaliação técnica: nota 100 para o queijo maturado tradicional de 30 dias.

Marcelena reforça o impacto positivo do programa: “A gente deve tudo isso ao ATeG”, enquanto a técnica de campo Laura Durço Machado destaca o valor do compromisso e da inovação para transformar vidas e fortalecer tradições.

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